◘ Artigos de Minha Autoria


ARTIGOS DE AUTORIA



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BRASIL: ENVELHECEMOS PARA O PASSADO
O Fim do Bem-Estar Social e o Retorno do Neoliberalismo Ditatorial - OUT/2016
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quarta-feira, 13 de junho de 2012
PORQUE OLAVO DE CARVALHO TEM RAZÃO
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    A EMERGÊNCIA DO ENSINO DA ÉTICA E FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO   
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    A NECESSIDADE DA FILOSOFIA   
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    A REIFICAÇÃO DA FILOSOFIA    
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    A VIOLÊNCIA LEGÍTIMADA DO ESTADO DE CONTROLE    (Em breve)
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    DIFICULDADES E PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DA FILOSOFIA     (Em breve)
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    EDUCAÇÃO E MIOPIA POLÍTICA  (Em breve)
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    ORIGEM DAS CAUSAS DO FIM DA PROFISSÃO DE PROFESSOR      (Em breve)
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    EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PARA QUÊ?  (Em breve)
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    OS VALORES COMO CRITÉRIOS UNIVERSAIS PARA AS CIÊNCIAS      (Em breve)
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PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS PARA UMA HUMANA DOCENCIA     (Em breve)
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    QUE SOCIEDADE QUEREMOS FORMAR? ______________________________________________________________________________
NO TEMPO DAS BANANEIRAS - Texto para aula ______________________________________________________________________________
CRISE DE AUDIÊNCIA NO ENSINO MÉDIO OU FARSA IDEOLÓGICA? (parte 1/4)
A Estratégia de Criar Problemas Para depois Apresentar Soluções.
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 CRISE DE AUDIÊNCIA NO ENSINO MÉDIO OU FARSA IDEOLÓGICA? (parte 2/4)
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 CRISE DE AUDIÊNCIA NO ENSINO MÉDIO OU FARSA IDEOLÓGICA? (parte 3/4)
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A DOR DO CRESCIMENTO
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UM MODELO A SER DESCONSTRUÍDO
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ARTIGOS COM MINHA PARTICIPAÇÃO

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ARTIGOS QUE RECOMENDO

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A Sociedade Democrática
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Criação de Direitos.
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Democracia Como Ideologia.
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Dificuldades para Democracia no Brasil.
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Obstáculos da Democracia.
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. Significado das Revoluções e As Revoluções Sociais
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PNE TRANFORMA EDUCAÇÃO EM “BICO”
PROPOSTA DA COMISSÃO ESPECIAL DE EDUCAÇÃO

Comissão Especial de Educação da Câmara Federal para o - PNE discute mudanças no Ensino Médio. Algumas propostas dizem respeito a: 1- flexibilização do currículo do Ensino Médio para garantir espaço para o ensino profissionalizante, 2 – Alunos de curso superior dar aulas no E.M. 3- permitir que os Conselhos Estaduais definam o currículo local, 4- Conteúdos como Sociologia e Filosofia poderem ser agrupados a outros.

São equívocos gravíssimos, se aprovadas, será um verdadeiro desastre à formação educacional do povo brasileiro. Explico:

Quanto ao item 1- A idéia de flexibilização como anunciada, parte do princípio de que a educação no E,M. deve ser de natureza instrumental, preparatória de mão de obra para o mercado, tecnicista. Esta idéia reinou no Brasil nos anos da ditadura e está na base da LDB/71 em detrimento à formação humana para os valores, para a ética, para o desenvolvimento do pensamento crítico, para as capacidades de ser sujeito, cidadão, dos princípios de formação da pessoa humana. Conquistas que estão na base da atual LDB/96.

Outro equívoco. Retirar ou agrupar em um conteúdo, disciplinas que desenvolvem estes aspectos da formação do ser humano, para acrescentar disciplinas técnicas profissionalizantes é fazer a opção por uma sociedade de operários tarefeiros, de seres acríticos, de seres não pensantes política e socialmente, é promover o império da mentalidade utilitarista, mecanicista, tecnicista. O que vai agravar o quadro de violência pela degradação dos valores humanos, já que haverá uma perda dos valores fundamentais de convivência social e humana apreendidos e trabalhados pela educação, ainda que precariamente devido a pouco investimento na escola e no professor.  É  rasgar as conquistas da LDB/96 e retornar à LDB/71 que defendia estes princípios de formação exclusiva de mão de obra técnica. É um equívoco Grave! Há outras formas, uma delas é aumentar o E.M em um ano sendo o quarto ano de ensino técnico-profissionalizante.

Quanto ao item 2 – É outro equívoco, pois, só falta professor no ensino básico devido à carreira não ser atraente financeiramente, e não por falta de pessoas. Não falta professor, falta quem queira  exercer sua profissão de professor justamente pelo fato da carreira ser muito desvalorizada.  Significa dizer que alunos em fim de curso superior  aceitarão dar aulas no ensino básico na condição de “bico”, até conseguirem vaga na função/profissão para as quais se formaram. Um estudante de medicina que vai dar aulas de biologia no ensino básico, como foi dito pelo Deputado Gastão Vieira (ver matéria anexa)  obviamente estará dando aulas provisoriamente até conseguir vaga em um hospital, logo; a educação será um "bico", um "quebra galho temporário" para estes Estudantes.

Dar aulas não é passar lições aprendidas no curso superior de uma  outra profissão! Escola não pode ser vista como ponte ou lugar onde se vai fazer um “bico” até arrumar uma   coisa melhor  no mercado. E como foi dito na reportagem anexa, o problema da falta de professor não é de alta exigência dos cursos de licenciatura, é sim, de falta de estímulo para esta profissão. Se esta proposta for aprovada será o fim da educação de E.M. e da profissão de professor. É oficializar a educação no E.M. como curso de treinamento técnico para a industria e comércio e  sucatear a profissão de professor, transformando-a em “ocupação de passagem” é oficializar o bico na educação. A solução para não faltar professor é tornar a carreira atraente.

Quanto ao item 3 – Outro Equívoco!  Esta idéia desmantela a unidade curricular nacional e cria focos de desigualdade no ensino nacional. Estados com mais recursos financeiros, tecnológicos, de infraestrutura etc... Propiciarão um ensino com maiores recursos e condições atraentes que os Estados pobres. Construiremos oficialmente uma sociedade dos desiguais em oportunidade de saber. Estados com educação para os ricos e Estados com educação para os pobres. A educação para o pensar e administrar fica para os filhos dos patrões, a educação para o fazer, de treinamento de mão de obra fica para o filho do pobre, patrocinado pelo governo . Como no império!

Além disso, sabemos que os Conselhos Estaduais de Educação obedecem às orientações políticas do poder executivo estadual vigente e por isso, poderão fazer da Educação do Estado uma fábrica de preparação de jovens para atender aos fins específicos desejados pelo poder atual.  Isso é perigoso de mais! Como os currais eleitorais,  teremos os currais educacionais! Os lobistas e financiadores internacionais e nacionais de campanha dos governadores tomarão a educação pública do Estado para benefício de formação de mão de obra barata para suas empresas e organizações. A educação pública será cooptada para atender a interesses de produção particulares de lucros empresariais destes financiadores de campanha, as custas de maõ de obra jovem e barata, qualificada pelo governo!

Quanto ao item 4 – Outro equívoco! No sentido colocado pela diretora da empresa de consultoria em educação, Escola Brasileira de Professores (Ebrap), Guiomar Namo de Melo**, qualquer conteúdo, respeitando sua área de saber, poderia ser agrupado; Geografia, História, Sociologia, Filosofia, Química e Biologia poderiam se tornar uma coisa só, como na Idade Média. Física, Química, Matemática, idem! Como todas prescindem das linguagens, poderia acabar com Português pulverizando-a nas demais. Ocorre que não estamos na Idade Média e agrupar conteúdo é outro modo de excluí-los na prática, pois o profissional formado em um conteúdo, não é conhecedor de outro conteúdo como seria necessário e imprescindível.  Por exemplo, agrupando Filosofia com Geografia, conforme disse a Sra. Guiomar Namo seria imprescindível que o professor fosse licenciado para os dois conteúdos, do contrário um deles seria excluído na prática.

A formação acadêmica para um conteúdo é específica, com especificidades próprias que não contemplam outros conteúdos também específicos. Acaso a Sra. Guiomar faria uma cirurgia cardiovascular com cirurgião veterinário? Ou com um cirurgião plástico? Ou com um cirurgião dentista? Ora! Os três  são médicos! Os três são cirurgiões! Por que não agrupá-los?   

Por tudo, peço encarecidamente aos Srs.(as) Deputados(as) para abandonarem esta proposta, pois os Srs.(as) sabem muito bem o quão a educação para a formação humana, voltada para os valores, para a construção do caráter, da cidadania, da capacidade crítica, é imprescindível à construção de uma sociedade mais humana, na concepção essencial do termo.
Perdoe-me a indignação, mas a proposta é um retrocesso medieval incalculável para sociedade brasileira!
   Westerley-BH-Brasil


** Membro de empresa que vende educação profissionalizante. (EBRAP).

* Reportagem – Carolina Pompeu Edição – Marcelo Oliveira  A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a  assinatura 'Agência Câmara de Notícias'   http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/202586-DEPUTADOS-DEVEM-APRESENTAR-PROPOSTA-QUE- FLEXIBILIZA-CURRICULO-DO-ENSINO-MEDIO.html.

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COMENTÁRIO INFELIZ DE CARLOS SARDEMBERG SOBRE A EDUCAÇÃO

Foi de indignar qualquer cidadão minimamente esclarecido o comentário de ontem, do Sr Carlos Sardemberg, comentarista de Economia do Jornal da Globo, quando entre outras barbaridades, afirmou que a “Educação básica brasileira deveria formar nossos jovens em Português para ler manuais e em Matemática para saber operar máquinas”. Não satisfeito, continuou o ataque dizendo que: “agente ta formando pessoas que não são necessárias ao desenvolvimento do país”, e concluiu: “há um viés errado na educação superior no Brasil; que forma mais gente nas áreas humanas, Sociologia, Economia, do que nas áreas exatas, biológicas etc..” defendendo a formação de Engenheiros em detrimento aos cursos de Humanas no nível da Educação superior.

Com seu comentário o Sr. Sardemberg além de demonstrar um total desconhecimento sobre os verdadeiros princípios e finalidades da Educação, também faz uma apologia às mentalidades extremamente Neoliberais e Instrumentais de mão de obra. Ressuscita a concepção meramente instrumentalista da Educação e maniqueísta de sociedade, típicas da Lei de Diretrizes e Bases - LDB/71 quando a ditadura militar instituiu a pedagogia da fábrica, através dos cursos técnicos e, da dominação pela ideologia nacionalista do regime, através da cassação dos cursos de Ciências Humanas, como a Sociologia e a Filosofia.  Não percebeu o Sr Sardemberg que, o atraso não só econômico e tecnológico, mas também, político no sentido mais amplo, de cidadania, científico e, sobretudo, educacional de nosso país, além do retardamento da mentalidade de sustentabilidade e de responsabilidade social do empresariado brasileiro, tem suas origens justamente numa prática Educacional sustentada por essa mesma visão equivocada de educação instituída principalmente pelo regime militar na LDB/71.

A Educação pública não tem a função de treinar ou preparar operários, mão de obra barata para a indústria ou o mercado, isso é papel dos cursos de capacitação técnica, obrigação do empresariado, que poderia inclusive, diminuir esse encargo, que é seu, se pagasse e ofertasse melhores salários. Não é justo, não é moral e não é ético que em nome da empregabilidade a sociedade pague as contas da qualificação da mão de obra para a elite empresarial aumentar seus lucros e capacidade competitiva no mercado explorando com subsalários, a mão de obra jovem. Muito menos através do desvio da função da escola pública e do desvirtuamento das finalidades essenciais da Educação.

 A educação é infinitamente mais que isso, tem a finalidade de formar cidadãos, sujeitos críticos, conscientes, capazes de pensar, analisar, refletir, ajuizar as diversas realidades históricas, sócias políticas, econômicas e ideológicas. A Educação não é uma instrução para ler manuais e operar máquinas como autômatos, para isso presta-se os robôs. Ao homem a educação presta-se à humanização e a elaboração da autonomia intelectual.

A finalidade da Educação é formar cidadãos, sujeitos conscientes, críticos e éticos, capaz de escolhas e participação qualitativa na vida política da cidade. Justamente o que mais prescinde nossa sociedade, dominada por uma concepção instrumental e mercadológica de vida. É esta “ética” dos fins sobre os meios, que gera toda desigualdade, corrupção, violência, preconceitos e discriminação e intolerância.

O Comentarista de Economia, também se engana quando afirma que há mais gente se formando nas áreas humanas que nas áreas técnicas.  Para cada um que se forma em Humanas há sete se formando nas áreas Técnicas e Biológicas.  Feliz o pais cujo, sua população de jovens optasse em maior parte pelas áreas humanas. Certamente teríamos mais cidadania que corrupção, mais direitos trabalhistas e salários dignos que exploração de mão de obra, mais distribuição de renda que mega industriais, mais ética que crimes, mais justiça que desigualdades, mais sociedade que mercados, mais cidadãos que consumidores  mais educação para a formação humana que para formação operária e seriamos mais felizes em nossos comentários.
 Prof. Westerley A. Santos – Brasil/MG – 28/05/10.

PS: Só para lembrar; para conseguir um emprego de comentarista Econômico é preciso estudar Economia (uma Ciência Humana) e não necessariamente Engenharia.








                      

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